quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

10 dicas para você montar seu cavalo com segurança

Você vai montar seu cavalo. Ele não deixa. Você vai descer do seu cavalo, ele sai de garupa. Você vai galopar seu cavalo ele sai correndo, querendo disparar. Você quer parar para conversar com seu amigo, seu cavalo fica virando, andando, etc. Seguem aqui algumas dicas para você e seu cavalo:

• Se você monta em finais de semana, seu cavalo deve trabalhar no meio da semana, pelo menos 1 vez. Este trabalho pode ser um passeio com um caseiro ou seu funcionário. Isto serve para que seu cavalo tenha uma consistência mínima de trabalho, e também para uma condição física mínima para seu passeio;

• Tenha equipamentos corretos para seu cavalo. Nem sempre um freio serve para o seu cavalo, podendo ser um bridão, nem sempre as ferramentas que são bonitas são as melhores;

• Verifique os cascos de seu cavalo periodicamente. Se você sai no asfalto, seu cavalo deve ser ferrado. O casco de seu cavalo deve ser limpo pelo menos 1 vez ao dia, e antes de você montar. Isto para tirar qualquer corpo estranho que esteja na serragem ou mesmo barro.

• Seu cavalo tem que ser escovado. Isto não é frescura. Ao escovar seu cavalo, você está retirando sujeira, que pode machucar o dorso, as patas, o rosto, quando em atrito com os equipamentos;

• Aguarde por pelo menos quarenta minutos depois da ração para sair com seu cavalo. isto porque seu cavalo pode ter uma indigestão se trabalhado com o alimento ainda sendo digerido;

• No passeio, não ofereça muita água ao seu cavalo. Três ou quatro goles, de uma água não muito gelada, são suficientes por parada. Isto porque a água muito gelada ou mesmo fria, no corpo quente do cavalo pode causar um sério desconforto;

• Não dê banhos no cavalo com o corpo quente. Aguarde de 20 a 30 minutos para dar banho depois da chegada do passeio;

• Não aperte a barrigueira de uma só vez. Ajuste-a gradativamente e lembre-se que não é o tanto de apertado que segura a sela, mas sim o posicionamento da sela no cavalo que faz com que ela fique no lugar;

• Se o seu cavalo não deixa montar, rode a garupa dele por uma ou duas voltas e tente novamente. A cada vez que ele não deixar montar, ou sair andando, faça este exercício, sempre com calma e visando o aprendizado e não a punição;

• Mantenha suas mantas limpas. O suor seco pode entrar em atrito com o cavalo e causar ferimentos.

Aluisio Marins

A ti, dono meu, elevo está súplica:

A ti, dono meu, elevo está súplica:
Dai-me regularmente , de comer e beber.Terminado meu trabalho, proporciona-me abrigo confortável para que eu descanse e recupere as energias.Examina continuamente, meus pés e escova meu pelo.Se eu recusar alimento examina minha boca; pode ser uma úlcera que me empeça de comer ou meus dentes me doam.Fala-me calmamente. Tua voz incentiva, não o chicote ou o bridão. Acaricia-me, de quando em quando; pagar-te-ei todo o carinho, aprendendo e servindo-lhe melhor, pagando, em suma, amor com amor.Não cortes minha cauda, pois com ela espantos insetos que costumam atormentar-me.Não puxe violentamente as rédeas, nem me apliques fortes relhadas, ao eu ter dificuldade em subir ladeiras sob carga pesada.Não me maltrates com os calcanhares, nem me batas, quando não entender seus desejos; faz com que compreendas teu pensamento.Dou-te sempre tudo que puder. Se acaso, me recusar a obedecer, verifica se não estou mal ensilhado ou se meu freio não me perturba, ou ainda se algo molesta meus pés, causando-me dor.Se eu assustar não me castigues; verifica, se minha vista apresenta algum defeito.Não me obrigues a carregar ou arrastar um peso superior as minha forças, nem a trotar velozmente em estradas ou pisos escorregadios.Se eu cair ajude-me a levantar; se eu tropeçar não me culpes por isso.Não acrecentes ao meu medo diante de suas fortes chibatadas.Defende-me dos causticantes raios solares, se fizer frio, cobre-me, quando eu estiver repousando.Quando a velhice tornar-me inválido, lembra-te dos serviços que te prestei; não me vendas, nem me deixes morrer a mingua; sacrifica-me, então, sem padecimentos, tu mesmo, ser-te-ei grato por isso!Rogo-te tudo isto em nome daquele que quis nascer em um estábulo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Olhos no olhos

Ao observar os mustanges em liberdade, Monty viu um potro com uma atitude traquina.
Mordia um, dava coice no outro e não deixava ninguém em paz.De repente uma égua, a matriarca, foi atrás do potro e colocou-o para fora do grupo. O potro queria unir-se ao grupo, mas a égua não tirava o olho dele.Enquanto ela mantinha o contato visual, ele não se atrevia a voltar para o grupo, porque isto significaria uma desobediência e ela o atacaria.

Após algum tempo o potro mudou de atitude e abaixou a cabeça levando-a ao chão como se fosse comer e começou a mastigar. Neste momento a égua tirou o olhar do potro e ele juntou-se a manada. Monty observou que “os olhos nos olhos” como no caso da égua com o potro quer dizer fique longe senão eu ataco.

A atitude do potro de baixar a cabeça e mastigar é uma maneira do animal pedir desculpas e mostrar que não é uma ameaça e que se resigna a obediência. A mastigação e a cabeça baixa significam, por favor, deixem que eu me junte a vocês.Quando a égua tirou os olhos dele ela estava passando a mensagem de que aceitava o sinal de submissão que ele havia dado e permitia que ele voltasse ao grupo.


Para um cavalo, ser isolado do grupo é muito triste, já que são animais sociais e gostam de companhia, precisam de um lí­der que eles considerem forte, respeitem, confiem e que possa proteger-los.As ameaças podem ser percebidas mais rapidamente já que no grupo sempre vai ter algum que percebe o perigo e que sinaliza para os outros. Logo a manada inteira reage e se defende, estão mais seguros contra um ataque se estiverem dentro de um grupo e a sua chance de escapar é muito maior.Com essa nova descoberta, Monty Roberts passou a pôr em prática seus conhecimentos criando uma nova técnica de doma, que permite domesticar até o mais selvagem dos Mustangues sem que haja stress ou trauma por parte do animal; além de ser um método muito mais rápido e eficaz do que os outros tipos de domas, que muitas vezes machucam os animais, fazem com que eles passem a sentir medo dos humanos e se tornem animais desconfiados com tudo a sua volta.

A doma Monty Roberts faz com que o cavalo se torne mais do que um animal pronto para montar, mas também o torna um grande amigo do homem, pois ele será um animal que passará a confiar inteiramente na sua montaria e passará a tratá-la como um membro do seu próprio grupo.

Apesar de algumas pessoas acharem que os cavalos não se apegam aos humanos, mas apenas o reconhecem, é porque nunca tiveram a oportunidade de observar um cavalo domado pela doma Monty Roberts e uma pessoa "brincando" juntos em um campo aberto